Uma teologia do “nome”
“Nome” na Escritura. Para os autores bíblicos, o “nome” é mais que uma junção de letras. Ele representa a própria essência da pessoa que o carrega. É por isso que o pecado dos construtores da grande torre de Babel – “façamo-nos um nome” (Gn 11.4) – não era simplesmente construir um prédio alto, mas glorificar a si mesmo, por meio de um nome célebre. Por isso também, por exemplo, quando dizemos que o nome de Jesus salva ou que todo joelho se prostrará a seu Nome, estamos falando do próprio Cristo, não apenas de uma junção de letras.
Quando alguém na época do Antigo Testamento ou do mundo antigo dava um nome a outra pessoa ou coisa, significava que ela possuia essa pessoa ou coisa. Ou saber o nome de alguém, especialmente o nome de Deus, frequentemente significava entrar em um relacionamento.
AO QUE VENCER.
É incrível tudo que é prometido para aquele que vencer; para aquele que perseverar até o fim, que mantiver as obras e a palavra de Jesus até o final, no momento da morte. No entanto, muitos hoje acreditam que eles não precisam vencer nada. Eles acreditam que tudo já foi feito em seu favor no passado, naquele único momento de fé. Especialmente, e de acordo com o ponto de vista da corrida da fé, não somente começou, mas também terminou no momento que acreditamos. Mas se foi realmente assim, não haveria razão para Jesus falar sobre aqueles que vencessem? Falar a respeito não significa apenas que há uma necessidade de vencer, mas também haverá aqueles que NÃO vencerão e para eles as promessas descritas acima em Apocalipse não se aplicarão.
Tomemos Apocalipse 3:5 como exemplo:
“O que vencer será assim vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; antes confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.”
Jesus prometeu que, se vencermos, nossos nomes não serão apagados do Livro da Vida. Mas também significa que se não vencermos, nossos nomes serão apagados. O Livro da Vida é um registro de todos aqueles designados para viverem eternamente (veja Filipenses 4:3). Aqueles cujos nomes estiverem no Livro da Vida terão uma vida eterna e entrarão na Nova Jerusalém, (Apocalipse 21:27). E aqueles que não forem encontrados no Livro terminarão no lago de fogo (Apocalipse 20:15). Falando de outro modo: Apenas terão vida eterna aqueles que estiverem inscritos no Livro da Vida. E está óbvio por aquilo que Jesus fala, o livro da vida não aceita apenas novos nomes. Ele também aceita eliminações de nomes inscritos, para aqueles que não venceram, que se retiraram, deram pra trás. Consequentemente, estar inscrito no Livro da Vida não nos garante que estaremos no livro para todo o sempre, sem possibilidade de alteração deste estado. Todo aquele que retroceder e desertar da fé, sem arrependimento ( seja onde for que este arrependimento ainda esteja disponível – veja depois a discussão a respeito em Hebreus 6) quem quer que seja que não consiga vencer, no fim ele não será encontrado no livro da vida. Saiba que muitos não estão acostumados a ouvir tais coisas, mas esta é a verdade simples que eu vejo na Palavra e eu, pessoalmente, não estou disposto nem a ignorá-la nem criar mecanismo para explicá-la.