(1 Co 3.16)
No Velho Testamento Deus ordenou que seu povo construísse um tabernáculo para fazer sua morada. Era uma construção móvel, com três ambientes distintos a partir de sua entrada: o pátio, o santo lugar e o santo dos santos; véus separavam estes ambientes. A medida que se avançava do exterior para o interior a presença de Deus se fazia mais forte, a ponto da sua glória habitar por completo no santo dos santos. Ali o sacerdote entrava apenas uma vez ao ano, tamanha era a força sobrenatural no ambiente. Enquanto o povo de Israel peregrinou no deserto, este tabernáculo foi montado e desmontado nos acampamentos. Posteriormente, quando já estavam estabelecidos na terra santa, depois de muitas lutas, construíram o templo fixo no reinado de Salomão, com configuração parecida ao tabernáculo, mantendo as normas de santidade estabelecidas por Deus. Era um templo grandioso que trouxe grande alegria e esperança ao povo de Deus.
No novo testamento, a partir da morte de Jesus, o véu do templo é rasgado e cada servo de Deus passa a ser o templo do Espírito Santo, conforme lemos em 1 Cor. 3:16 que diz “Certamente vocês sabem que são o templo de Deus e que o Espírito de Deus vive em vocês” e em Atos 17:24 “Deus não habita em templos feitos por mãos de homens”. Assim como no tabernáculo há momentos de nossa vida em que sentimos a glória de Deus de maneira mais forte, como se estivéssemos no santo dos santos: quando recebemos um favor de Deus, quando o “culto foi só para nós” ou quando ouvimos e sentimos a presença maravilhosa de Deus. Claro que como no caso da visita anual do sumo-sacerdote, esses momentos “perfeitos” são ocasionais, e não dependem apenas de nós. Já em outros momentos parece que a presença está mais distante e nos conformamos em permanecer no santo lugar. Nem dentro do santo dos santos, nem fora no pátio. Este é um lugar seguro, lugar de equilíbrio, em que nos lembramos das palavras de Jesus, “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo”. Ali permanecemos entre lutas e vitórias, sempre desejando retornar ao santo dos santos. Logicamente existem dias que acordamos no pátio! Pior ainda quando parece que estamos caminhando para fora do tabernáculo com um pé quase lá fora. Todos passamos por isso!
Assim é a vida no templo, ou melhor, assim é a vida da pessoa que é templo.
Em 597 A.C. o templo de Salomão foi destruído por Nabucodonozor, e com ele foi-se a glória de Deus. Nas profecias do fim dos tempos, um dos grandes acontecimentos é a reconstrução do templo físico, numa luta incansável para o retorno da glória de Deus na terra. A lição que tiramos é que enquanto formos templo, passaremos pelos três ambientes, mas se deixarmos de ser templo, se deixarmos de existir, se formos destruídos pelo inimigo, perderemos a glória de Deus de uma vez por todas em nossas vidas. Por isso irmãos, permaneçamos templo. Jamais saiamos da presença do altíssimo, assim, cada vez mais experimentaremos a glória de Deus.
Fonte:Igreja Central Assembléia de Deus
