Governo chinês cria "projetos culturais" para afastar crianças das igrejas

As crianças cristãs na China estão sendo atraídas para longe das igrejas. Isso se deve a um esquema governamental destinado a impedi-las de participar dos cultos dominicais com outros cristãos. De acordo com a organização “China Aid”, autoridades da província de Zhejiang começaram a criar centros culturais comunitários e atividades “amigas da criança” nos fins de semana para atrair os jovens, “eliminando assim o problema de que eles frequentassem a igreja”.O regime tem sido estabelecido até agora em Yangy, Tengqiao, Shanfu e outras cidades. Zhejiang tem sido o centro de uma campanha do governo para reprimir as igrejas. Além disso, 1.700 igrejas foram demolidas ou tiveram suas cruzes removidas, nos últimos três anos.

No entanto, a China Aid informa que as últimas restrições às atividades religiosas estão sendo implementadas por autoridades locais, em todo o país. O distrito Lucheng de Wenzhou – conhecido como a “Jerusalém do Oriente” por causa de sua grande população cristã – está “construindo um sistema para regular os assuntos religiosos”, disse a organização.

Cada aldeia será monitorada através do sistema, que envolverá 1.500 oficiais da agência de assuntos religiosos. As igrejas também serão forçadas a obedecer a regulamentações governamentais estritas chamadas de movimento “Cinco Entradas e Cinco Transformações”.

Mais proibições

Pequim tornou-se progressivamente uma região bastante influenciada pelo cristianismo. Por isso, no próximo ano o governo deve implementar novos regulamentos sobre assuntos religiosos.

Deverá ser proibido “organizar atividades religiosas em locais religiosos não aprovados” e “pregar, organizar atividades religiosas e estabelecer instituições religiosas ou locais religiosos em escolas”.

As novas regras foram elaboradas pela Administração Estatal de Assuntos Religiosos e, de acordo com um especialista que falou com a China Source, “na verdade não deixam espaço para reuniões em casa ou em igrejas não registradas na China e reduzirão significativamente muitos das atividades do movimento cristão”, finalizou.

Fonte: guiame.com.br

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